O Banco de Gorringe (BG) é uma montanha submarina, localizada a SO do Cabo de S. Vicente, que se eleva desde os 5000 metros de profundidade até próximo da superfície do mar.
Na zona existe um sistema de falhas ativas – composto pela falha do Banco de Gorringe, pela falha Marquês de Pombal e pela falha da Ferradura, entre outras – relacionado com a deformação resultante do movimento das placas Africana e Eurasiática, no Cenozoico, durante o Miocénico (23 a 5 milhões de anos – Ma). Na Figura 1A está representado um mapa simplificado da região, e na Figura 1B está representado o corte geológico (AB) assinalado no mapa.
Litologicamente, o Banco de Gorringe é constituído por peridotitos serpentinizados, pois os minerais máficos dos peridotitos deram origem a minerais como a serpentina e o talco por um processo complexo – serpentinização – que envolve a ação de fluidos hidrotermais. Ocorrem também basaltos, formados há cerca de 148 Ma, arenitos e calcários com fósseis de foraminíferos (seres eucariontes, unicelulares, com concha), datados do Mesozoico. Todas estas formações geológicas estão cobertas por sedimentos não consolidados, depositados desde o Miocénico até à atualidade.
Dados radiométricos indicam que a crosta que constitui o Banco de Gorringe se terá formado durante as primeiras etapas da abertura do Atlântico Norte. Outros dados de investigação, como a deformação de sedimentos recentes e a sismicidade de elevada magnitude ocorrida a SO do Cabo de S. Vicente – sismos de 1755 e de 1969, entre outros –, sugerem que esteja em formação uma zona de subdução, numa fase ainda incipiente, na margem sudoeste ibérica.
De entre as rochas seguintes, as que apresentam a menor percentagem de sílica são
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