No dia 19 de setembro de 2017, ocorreu no México um sismo de magnitude 7,1, cujo epicentro se localizou a cerca de 127 km a sudeste da capital, a Cidade do México, como se representa na Figura 4.
A Cidade do México localiza-se numa bacia sedimentar, a Bacia do Vale do México, cujo preenchimento se iniciou no Cretácico (145 a 66 milhões de anos – Ma) com a formação de calcários. Posteriormente, a atividade vulcânica, iniciada no Cenozoico, foi originando montanhas que circundaram a bacia e que contribuíram para que esta ficasse isolada do mar. Há menos de 2,5 Ma, depositaram-se produtos vulcânicos no interior da bacia, sobre os quais se acumularam águas pluviais que deram origem a diversos lagos. À medida que estes lagos foram sendo drenados, a cidade foi-se expandindo sobre os sedimentos aí depositados. Sob a cidade existe um aquífero, limitado superiormente, em determinadas zonas, por materiais argilosos. O desenvolvimento da Cidade do México levou a uma descida generalizada do fundo do vale e a uma sobre-exploração do aquífero que está por baixo da cidade.
Na cidade, foram realizadas diversas sondagens, a partir das quais os investigadores definiram, em função do tipo de terreno, três zonas: zona de terreno firme, correspondente às rochas que formam as elevações que circundam a bacia; zona de terreno pouco coeso, correspondente à zona dos sedimentos depositados nos antigos lagos e, entre estas duas, uma zona de transição. A Figura 5 representa esquematicamente a espessura dos sedimentos acumulados na bacia, as três zonas definidas anteriormente e os sismogramas obtidos em duas estações sismográficas, a CU (Cidade Universitária) e a SCT (Secretaria de Comunicações e Transportes).
Relativamente à formação e à evolução do aquífero que abastece a Cidade do México, pode afirmar-se que
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