O rio Guadiana nasce em Espanha e desagua no oceano Atlântico, junto a Vila Real de Santo António. No seu percurso, entre Serpa e Mértola, atravessa o antiforma do Pulo do Lobo e a Faixa Piritosa Ibérica, onde existem várias explorações mineiras.
No mapa da Figura 3, estão representadas as formações geológicas da Bacia Hidrográfica do Guadiana (área drenada pelo rio Guadiana e seus afluentes). Os pontos A e B correspondem a locais onde se recolheram amostras de sedimentos para realizar estudos sedimentológicos e mineralógicos, visando a caracterização dos processos sedimentares que ocorreram na área e a determinação das principais fontes dos sedimentos.
O tratamento laboratorial das amostras envolveu, entre outros procedimentos, a passagem dos sedimentos através de um crivo com rede de 2,000 mm (diâmetro máximo dos grãos de areia) e de um crivo com rede de 0,063 mm (diâmetro máximo das partículas de silte, cujo diâmetro é superior ao das argilas). A fração de sedimento retida entre os dois crivos foi sujeita a novo tratamento para separar os minerais pesados (com densidade superior a 2,9) dos minerais mais leves, como o quartzo e os feldspatos. Numa etapa subsequente, procedeu-se à identificação, à descrição e à contagem dos minerais pesados transparentes com o auxílio do microscópio petrográfico, tendo-se verificado que os grãos de piroxenas e de anfíbolas possuíam, em geral, formas angulosas ou subangulosas, enquanto os grãos de turmalina, de andaluzite e de estaurolite tendiam a apresentar formas roladas ou subroladas. As abundâncias relativas das diferentes espécies de minerais pesados transparentes, que apresentam uma percentagem superior a 5% do número total de grãos contados, estão registadas no Quadro I.
A presença de mineralizações com valor económico na Faixa Piritosa Ibérica tem levado à realização de trabalhos de prospeção através de métodos diretos e indiretos, respetivamente
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