Na ilha de Porto Santo, pertencente ao Arquipélago da Madeira e Selvagens, afloram dois tipos de rochas – rochas magmáticas, diretamente associadas ao vulcanismo originador da própria ilha, e rochas sedimentares.
O corte geológico representado na Figura 2, aproximadamente S-N, mostra os complexos vulcânicos, predominantemente basálticos, atravessados por chaminés vulcânicas. A sequência submarina integra as rochas mais
antigas e a sequência subaérea integra as rochas mais recentes.
As rochas sedimentares cobrem cerca de um terço da superfície da ilha e incluem rochas calcárias com variados tipos de fósseis marinhos. A partir do Miocénico (aproximadamente, de 23 Ma a 5,3 Ma) e até finais da glaciação Würm
(18000 anos), a plataforma marinha que se desenvolveu à volta da ilha deverá ter desempenhado um papel fundamental na génese destas rochas calcárias com fósseis. Essa antiga plataforma tem, atualmente, o seu limite a
100 metros de profundidade.
A temperatura das águas e a composição em cálcio das rochas basálticas foram os fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento de organismos de concha e esqueleto carbonatados. Estes materiais carbonatados, provenientes de tais organismos, acumulados sobre a plataforma e atuados por correntes marinhas, fragmentaram-se e depositaram-se em locais preferenciais, juntamente com blocos de rochas magmáticas, originando brechas de cimento calcário. Por outro lado, a erosão terá, também, originado grandes quantidades de areias bioclásticas, isto é, formadas pela fragmentação de conchas. Finalmente, o vento, principalmente soprando de norte, constituiu o meio de transporte destes sedimentos para as regiões abrigadas da parte emersa da ilha.
Uma parte significativa da ilha de Porto Santo está coberta por dunas, tanto consolidadas como móveis, sendo as primeiras formadas por areias ligadas por carbonato de cálcio e as segundas formadas por areias soltas.
Explique a formação das dunas consolidadas, tendo em conta a origem dos sedimentos e do cimento que as constituem.
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