As fontes hidrotermais submarinas e a descarga fluvial de metais de origem continental disponibilizam os metais necessários à génese de depósitos polimetálicos, que ocorrem em fundos oceânicos e cujas distribuição e espessura são influenciadas pelas correntes oceânicas.
Entre esses depósitos salientam-se as crostas ferromanganesíferas, formadas a profundidades de 400 a 4000 metros, em zonas de substrato de rocha consolidada. Estas crostas contêm cobalto, níquel, telúrio e terras raras, suscetíveis de serem explorados. As terras raras são elementos químicos com particular interesse, por serem usados, por exemplo, no fabrico de computadores e de turbinas eólicas.
Nos fundos oceânicos, ocorrem ainda outros materiais rochosos com interesse económico e científico, como os sulfuretos polimetálicos.
Perante a escassez atual no fornecimento de 14 metais estratégicos, a era da mineração submarina está prestes a começar.
Na Figura 1, estão representados os limites da Plataforma Continental (em aprovação)¹ e da Zona Económica Exclusiva (ZEE)² portuguesas e a localização esquemática de crostas, de sulfuretos polimetálicos e de campos hidrotermais, nomeadamente, Lucky Strike e Moytirra.
Notas:
¹ Plataforma Continental — conceito jurídico definido no Artigo 76.° da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM); este conceito não corresponde ao conceito geológico de plataforma continental.
² Zona Económica Exclusiva (ZEE) — refere-se aos direitos de soberania para a exploração, conservação e gestão dos recursos naturais vivos e não vivos na coluna de água e no espaço aéreo sobrejacente (CNUDM, Artigo 56.°).
Numa zona onde ocorre a colisão de uma placa oceânica com uma placa continental, a morfologia do fundo oceânico resultante é uma
Neste momento, não há comentários para este exercício.
Para comentar, por favor inicia sessão ou cria uma conta.